segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Coração ferido?...ninguem manda ser burro


Lembram do meu unico plano para 2011? Deixar a vida me levar? Pois é eu achei que pudesse ser assim ... ke pudesse encarnar a mulher liberal, pra frente, que ia aproveitar a vida, usufrir somente da parte boa ... ia me divirtir, curtir ...
Pois é grande engano ... esqueci que tenho um coração, ke alem de enxerido quer mandar em tudo, tem tb um grande defeito é BURRO
Ontem sai pra dar uma caminhada, pensar na vida ... caiu o maior temporal aqui em sampa e eu lá debaixo da chuva, quem passava pela avenida deve ter pensado onde vai essa maluca a passos lentos debaixo dessa chuva toda ...  
Queria lavar a alma, lavar meu coração, ou quem sabe afogar ele
Eu pensei ... penseiii e naun cheguei a conclusão nenhuma

Será que vale a pena ?
Será que um dia esse coração burro vai aprender?
Pq , pq ... pq ... pq

Já que andamos tão ligados as tecnologias, nosso coração tb podia ser feito um computador né ... tempos em tempo a gente dava uma formatada nele, salvava as coisas boa e deletava todo o resto ... seria bom né

Desculpem o desabafo ... mas precisava por pra fora um pouco dessa angustia ... sei que so eu posso dar um jeito nela ... mas

ps.: não consegui lavar minha alma e nem afogar meu coração ... mas ganhei um belo de um resfriado .... atchimmmmmm

4 comentários:

Sandra disse...

Olá Angel! Não faço ideia do que partiu o teu coração nunca te esqueças. O que está quebrado pode sempre ser consertado com jeitinho e paciência, nem que leve tempo.

Beijinhos e um abraço, virtuais mas sentidos

Isa disse...

Ô querida...

Acho que só de ter feito esse desabafo esse seu coraçãozinho partido e apertado aí já deu uma semi-lavadinha! Seja lá o que for, essas coisas de coração são assim, aos poucos... a gente quer ver tudo lavadinho, enxuto e perfumado rapidinho, mas nem sempre é rápido... Aliás, quase nunca! É um processo!

Se precisar de qualquer coisa, de conversar, o que quer que seja, to aqui!

Beijos nesse coração danadinho!

Marcelo S. Viana disse...

A TRISTEZA PERMITIDA (Marta Medeiros)

Se eu disser pra você que hoje acordei triste, que foi difícil sair da cama, mesmo sabendo que o sol estava se exibindo lá fora e o céu convidava para a farra de viver, mesmo sabendo que havia muitas providências a tomar, acordei triste e tive preguiça de cumprir os rituais que faço sem nem prestar atenção no que estou sentindo, como tomar banho, colocar uma roupa, ir pro computador, sair pra compras e reuniões – se eu disser que foi assim, o que você me diz? Se eu lhe disser que hoje não foi um dia como os outros, que não encontrei energia nem pra sentir culpa pela minha letargia, que hoje levantei devagar e tarde e que não tive vontade de nada, você vai reagir como?

Você vai dizer “te anima” e me recomendar um antidepressivo, ou vai dizer que tem gente vivendo coisas muito mais graves do que eu (mesmo desconhecendo a razão da minha tristeza), vai dizer pra eu colocar uma roupa leve, ouvir uma música revigorante e voltar a ser aquela que sempre fui, velha de guerra.

Você vai fazer isso porque gosta de mim, mas também porque é mais um que não tolera a tristeza: nem a minha, nem a sua, nem a de ninguém. Tristeza é considerada uma anomalia do humor, uma doença contagiosa, que é melhor eliminar desde o primeiro sintoma. Não sorriu hoje? Medicamento. Sentiu uma vontade de chorar à toa? Gravíssimo, telefone já para o seu psiquiatra.

A verdade é que eu não acordei triste hoje, nem mesmo com uma suave melancolia, está tudo normal. Mas quando fico triste, também está tudo normal. Porque ficar triste é comum, é um sentimento tão legítimo quanto a alegria, é um registro de nossa sensibilidade, que ora gargalha em grupo, ora busca o silêncio e a solidão. Estar triste não é estar deprimido.

Depressão é coisa muito séria, contínua e complexa. Estar triste é estar atento a si próprio, é estar desapontado com alguém, com vários ou consigo mesmo, é estar um pouco cansado de certas repetições, é descobrir-se frágil num dia qualquer, sem uma razão aparente – as razões têm essa mania de serem discretas.

“Eu não sei o que meu corpo abriga/ nestas noites quentes de verão/ e não me importa que mil raios partam/ qualquer sentido vago da razão/ eu ando tão down...” Lembra da música? Cazuza ainda dizia, lá no meio dos versos, que pega mal sofrer. Pois é, pega mal. Melhor sair pra balada, melhor forçar um sorriso, melhor dizer que está tudo bem, melhor desamarrar a cara. “Não quero te ver triste assim”, sussurrava Roberto Carlos em meio a outra música. Todos cantam a tristeza, mas poucos a enfrentam de fato. Os esforços não são para compreendê-la, e sim para disfarçá-la, sufocá-la, ela que, humilde, só quer usufruir do seu direito de existir, de assegurar seu espaço nesta sociedade que exalta apenas o oba-oba e a verborragia, e que desconfia de quem está calado demais. Claro que é melhor ser alegre que ser triste (agora é Vinícius), mas melhor mesmo é ninguém privar você de sentir o que for. Em tempo: na maioria das vezes, é a gente mesmo que não se permite estar alguns degraus abaixo da euforia.

Tem dias que não estamos pra samba, pra rock, pra hip-hop, e nem pra isso devemos buscar pílulas mágicas para camuflar nossa introspecção, nem aceitar convites para festas em que nada temos para brindar. Que nos deixem quietos, que quietude é armazenamento de força e sabedoria, daqui a pouco a gente volta, a gente sempre volta, anunciando o fim de mais uma dor – até que venha a próxima, normais que somos.

Ivani disse...

Olá, querida!

Estou com vontade de te dar um abraço, coração de amiga ajuda a afogar as mágoas.

Vou deixar um link de um conto para você ler:
http://www.releituras.com/i_ana_mcolasanti.asp

Quando puder leia-o e depois me diga o que você achou. É a minha forma de te abraçar virtualmente.

Beijos.